terça-feira, 20 de abril de 2010

(in)conformada

Mais uma vez não sei de ti. Não sei como estás, o que acontece de novo na tua vida. Mais uma vez aquilo que sempre pensei está acontecer. A separação.

Ter consciência daquilo que somos é ter consciência que tudo se está a perder. Que tudo o que construímos juntos - que tu tantas vezes disseste que manterias - está-se a perder no meio de vidas, histórias, contos e ilusões.
Comparar-me com tudo que ainda te relacionas “da nossa altura” faz-me sentir insignificante. Valia tanto e agora não sou nada. Um nada que nunca te abandonara. Um nada que, não vou dizer nunca porque é mentir, mas sim que te julgou para teu bem e sempre te apoiou. Um nada que também errou, talvez com a mania de julgar, mas que tentou corrigir o erro.
O pior é saber que erramos e não tentamos corrigir, nunca te esqueças.
Ainda hoje te peço desculpas quando acho que devo, ou seja, naquela altura ideal. Mas pergunto sempre: “ Será que terei de levar sempre com esse erro?”. Justifico esse erro para tudo, até mesmo para esta separação. Justifico que era isto que tu querias e aproveitaste-te dele. Conseguindo assim, que eu, de uma forma subtil, saí-se dessa metade de ti. E que tudo aquilo que escreveste sobre mim, e que te arrependeste talvez, não fizesse mais sentido. Mas eu não me arrependo e volto a escrever.
Os nossos caminhos não se cruzam mais mas guardo-te no meu coração.
Espero que te tenha feito feliz. Que te tenha dado sempre um sorriso e força. E que apesar de não concordar contigo que tenha estendido sempre a mão mesmo que não quisesse olhar para mim. Falo-ia-o de olhos fechado sem pensar duas vezes.
Poderia escrever tanto, em vão, que nunca escreveria tudo o que te tenho a dizer.
“Há coisas que ficam sempre por dizer”.
E mais importante que um amor é uma amizade, por isso só te peço que me dês sempre um sorriso quando me vires, que me faça lembrar que um dia viveste dentro de mim.

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